domingo, 14 de agosto de 2011

Hoje de manhã...




Enquanto ia de carro para o trabalho vi dois aviões nos céus, relativamente baixos.

Assim que vi o primeiro, o meu único pensamento foi como gostaria de ir para onde quer que ele fosse (desde que ele estivesse a descolar e não prestes a aterrar).

Só queria ir, fugir de tudo, e naquele momento, se tivesse realmente a oportunidade, ia sem pensar nas consequências.

Desaparecia...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Há coisas que custam...

Sou uma pessoa sociável mas tenho um grupo reduzido de amigos.

São a minha zona de conforto, pessoas que confio, com quem me sinto à vontade e com quem tenho sempre vontade de estar.

Tudo isto parece muito bom, e é, mas tem armadilhas. A principal prende-se com o facto desses amigos seguirem os seus caminhos (tal como eu sigo o meu) e terem gostos diferentes dos meus, e isso resultar em muitos momentos de solidão e em momentos de revolta e ressentimentos injustos.

Este verão foi assim, andei sempre sozinha, com excepção de alguns jantares e uns copos (coisas que fazemos durante o resto do ano). E assim têm sido os últimos verões.

Já estava um pouco habituada a esta situação mas este ano criei expectativas, não sei porquê...

Talvez seja porque já estou muito farta desta situação. Tenho que sair da minha zona de conforto e dar hipóteses a outras pessoas.

O problema é que sempre que o fiz deu para o torto, sempre que parti em busca de amizades com segundas intenções (boas, mas segundas intenções), em vez de ser só baseado na empatia, acabou muito mal.

No ínicio encarei esta solidão como um desafio para não me deixar limitar por isso e divertir-me sozinha. E fi-lo em muitas áreas, mas há coisas que não tem graça sozinho. É agradável ir sozinho à praia, ou ao cinema, ou às compras mas não é divertido ir beber um copo ou dançar sozinho (exceto se o objectivo for arranjar outro tipo de companhia), não dá para fazer piqueniques sozinho e não é divertido passar o dia a conhecer castelos ou museus sozinho.

Acho que não me deixo limitar pela solidão mas já estou farta dela...